domingo, 8 de junho de 2014

Síndrome de Brugada

Em 1992,  os irmãos  Brugada ,  descreveram uma nova síndrome clínica caracterizada pela presença de um padrão eletrocardiográfico.

Os pacientes com síndrome de Brugada, geralmente homens, apresentavam taquicardias ventriculares e fibrilhação ventricular. Dos pontos de vista anatómico e  de contracção, o coração é normal (o ecocardiograma não mostra anormalidades). Até o presente momento, sabe-se que alguns desses pacientes apresentam uma exuberante instabilidade eléctrica do coração (ventricular).
Que é o síndroma de Brugada?
O síndroma de Brugada é a mais comum causa de morte súbita (12% dos casos) em indivíduos sem alterações cardíacas estruturais. O síndroma de Brugada, é uma arritmia hereditária que faz com os ventrículos batam tão rapidamente que podem impedir que o sangue circule eficientemente no corpo. Quando esta situação ocorre (também chamada fibrilhação ventricular), o indivíduo desmaia e pode morrer em alguns minutos se o ritmo do coração não for restabelecido. Esta doença tem maior incidência em indivíduos adultos do sexo masculino na idade adulta, sendo que os casos de morte súbita aparecem por volta dos 40 anos de idade, mas têm vindo a ser diagnosticada em todas as idades. Por isso, é importante fazer um rastreio em toda a família. Nem todos os que tem a doença terão arritmias. Entretanto, não se pode saber quais os que terão problemas. Se o paciente tiver algum desmaio, este poderá estar relacionado com a Síndrome de Brugada, indicando a prática que essa pessoa tem um risco muito elevado de arritmias malignas.
Pode provocar morte súbita (através de fibrilhação ventricular), principalmente em indivíduos em repouso ou durante o sono.
Fibrilhação Ventricular 
O que é uma arritmia?
O ciclo regular de contracções faz com que o sangue seja bombeado eficazmente para fora do coração. Os problemas de ritmo podem ocorrer em qualquer lugar no sistema eléctrico  e interferir com o bombeamento eficaz do sangue. O coração pode bater demasiado rápido (taquicardia), demasiado lento (bradicardia), ou de forma irregular. Estas batidas anormais são conhecidas como arritmias. Durante uma arritmia o paciente pode sentir sensações diferentes como: não sentir nada, sentir um martelamento no coração ou vibração, uma dor no peito, falta de ar. Entretanto, quando a arritmia é muito severa o coração não pode bombear eficientemente o sangue, o que pode provocar o desmaio e até mesmo morrer.
Há alguma medicamentação para a síndrome de Brugada?
O síndrome de Brugada foi descoberto há pouco mais de 15 anos, e ainda não há nenhuma medicamentação para impedir os “black outs”.
Existe alguma forma de recuperar o batimento normal do coração quando este bate demasiado rápido?
Sim, há um dispositivo especial que se implanta debaixo da pele do tórax, chamado desfibrilhador, que quando detecta batimentos rápidos e irregulares, liberta uma carga eléctrica directamente no coração, fazendo aquilo que os informáticos chamam de “Reset”.
Se um de meus pais ou irmãos tem o Síndrome de Brugada o que devo fazer?
É importante seguir algumas etapas importantes:
  • Contacte seu médico que executará provavelmente um exame físico e um eletrocardiograma. O padrão do Síndrome de Brugada pode ser visto em algumas ocasiões imediatamente a um esforço físico num eletrocardiograma, mas às vezes, poderá ser necessário a administração de um medicamento.
  • Se o eletrocardiograma mostrar o padrão do Sindrome, ou se você teve alguns sinais que seu coração funciona mal, como a perda de consciência, desmaios, o seu médico pode recomendá-lo a submeter-se a um teste electrofisiológico. Este é um teste que verifica a actividade eléctrica do seu coração e se existe qualquer problema eléctrico que leve ao seu mau funcionamento.
  • Porque o Síndrome é hereditário, o médico pode pedir uma amostra de sangue para fazer uma análise genética na sua família.
Sinais  e sintomas:
Os pacientes portadores dessa síndrome são assintomáticos fora das crises de arritmia cardíaca. Quando essas arritmias ocorrem, pode haver palpitações, tonturas, falta de ar, sensação de desmaio, desmaio e, até, parada cardíaca, podendo ocorrer uma morte súbita.   
Diagnóstico:
A documentação  de arritmias ventriculares graves, história de síncope (desmaio)  ou paragem cardíaca, um histórico familiar de morte súbita , o eletrocardigrama característico e um ecocardiograma sem alterações estruturais, levam ao diagnóstico.
Tratamento:
Além do uso de antiarrítmicos, o desfibrilhador automático implantável (CDI – aparelho que identifica e trata as arritmias cardíacas com um choque eléctrico), é a única forma de tratamento dos pacientes portadores do Síndrome de Brugada.
Fonte: Geneteste, Wikipédia, Fundação Brugada 
Revisão: Dr Daniel Bonhorst

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