Há apenas um grupo de pessoas que realmente sabe o que acontece quando você morre: os mortos. E uma vez que os mortos não irão revelar os seus segredos tão cedo, cabe aos cientistas tentar explicar o que acontece quando uma pessoa morre.
A morte, como a vida, é um processo, dizem os pesquisadores. A primeira etapa deste processo é conhecida como morte clínica. Ela dura de quatro a seis minutos, começando quando uma pessoa para de respirar e o coração deixa de bombear sangue. Durante esse tempo, pode haver oxigênio suficiente no cérebro para que não ocorra alguma lesão cerebral permanente. Outros órgãos, como os rins e os olhos, também permanecem vivos ao longo da morte clínica.
Na segunda etapa da morte, conhecida como morte biológica, as células do corpo começam a se degenerar e os órgãos do corpo – incluindo o cérebro – se desligam. Os médicos às vezes são capazes de parar a morte biológica através da indução de hipotermia – resfriamento do corpo abaixo de sua temperatura normal. Este método pode parar a degeneração das células e tem sido usado para reanimar pacientes com parada cardiorrespiratória.
Esses estágios da morte são bem compreendidos, porém o que permanece indefinido é o que acontece a uma pessoa uma vez que ele ou ela está clínica e biologicamente morta. Para obter algumas dicas sobre este mistério, os pesquisadores se voltam para o estudo das experiências de quase-morte (EQMs).
De acordo com o Centro de Pesquisa de Experiências Fora do Corpo, em Los Angeles (EUA), mais de 8 milhões de norte-americanos relataram EQMs, que ocorrem quando uma pessoa está clinicamente morta, perto da morte ou em uma situação onde a morte é provável ou esperada.
Muitas pessoas que tiveram experiências de quase-morte relatam sensações semelhantes: sentir-se como se estivessem flutuando fora do seu corpo, mover-se rapidamente através de um túnel em direção à luz ou ver seus entes queridos falecidos.
Pesquisadores continuamente estudam as EQMs em um esforço para dar sentido aos processos biológicos e neurológicos que podem estar por trás de tais eventos. Alguns estudos afirmam que as EQMs são apenas uma forma de sonho lúcido, enquanto outros vinculam essas experiências à privação de oxigênio no cérebro.
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